A participação ativa da sociedade em questões relacionadas ao Judiciário é capaz de trazer benefícios que hoje sequer podemos imaginar. Pessoas com visões e experiências diferentes trazem na sua vivência o potencial para oferecer sugestões inusitadas. A consequência disto é a possibilidade de se implementar melhorias, com alternativas vindas de diversas áreas, cuja expertise pode quebrar paradoxos.
Porém, para possibilitar esta participação da sociedade é vital que ela esteja bem informada. É preciso que ela acompanhe de perto a Justiça da qual é consumidora. As pessoas têm a necessidade de saber a respeito das publicações dos seus processos, para que possam cobrar resultados do judiciário. Esse acesso à informação faz com que a sociedade possa perceber as dificuldades e ainda oferecer soluções no que pode ser aprimorado.
É preciso que todos nós, brasileiros, que utilizamos a Justiça como interlocutora, sejamos personagens atuantes neste processo. E isto deve começar a partir da transparência na tramitação processual. É imprescindível que as informações cheguem diretamente para todos os envolvidos, sejam eles autores ou réus, de uma forma rápida, prática e fácil, usando tecnologias que hoje estão ao alcance de grande parte da população.
É importante garantir que cada indivíduo possa ser informado sobre seus processos onde estiver e da maneira que achar mais conveniente. Apenas desta forma será possível um despertar da consciência coletiva. Somente assim o cidadão comum poderá ter força de participar mais ativamente destas ações, que buscam conferir mais agilidade à Justiça do país. O resultado destas ações é a composição de uma ampla e saudável discussão nacional.
E qual o objetivo de tudo isso? Evitar que se escute de um cidadão que ele não verá o fim de seu processo, que está sendo julgado e que o resultado ficará para seus filhos ou netos. Afinal, isto não deixa de ser, na verdade, uma antítese ao significado da palavra “justiça”.